EURO: As previsões de que o índice do dólar americano não se manterá acima da média móvel de 200 dias parecem se concretizar. Havia pouca esperança de uma recuperação no início da semana, mas isso não aconteceu. Apesar das altas expectativas inflacionárias empurrando os rendimentos do Tesouro dos EUA para cima, a moeda americana caiu abaixo do importante nível de apoio de 92,00. Atualmente, o dólar ainda está sendo negociado sob pressão de vários fatores.
Agora, a questão principal não é se o dólar pode cair, mas o quão profundo poderá ir. Então, qual é o catalisador para a queda do dólar? As infecções por coronavírus ainda estão aumentando, alguns grandes países permanecem confinados, o que significa que as esperanças de uma recuperação mais rápida da economia global estão diminuindo. Nesse sentido, não há aumento nos rendimentos. Portanto, o dólar americano está perdendo valor.
Não há sequer indícios de uma possível recusa do banco central dos EUA a operações que ofereçam liquidez ilimitada. Este é um fator negativo para o dólar, uma vez que a moeda tem recebido apoio deste fato desde o início do ano. Outro fator é o mercado de petróleo estável. Notavelmente, as expectativas inflacionárias mais elevadas e os rendimentos em dólares também foram impulsionados pelo crescimento do mercado de energia.
A mudança de poder nos Estados Unidos abriu espaço para especulações sobre o possível progresso nas negociações do programa nuclear e uma potencial recuperação das exportações iranianas. Embora as últimas notícias contradigam a normalização das relações entre os Estados Unidos e o Irã, o mercado continua apostando na volta do petróleo iraniano.
Não se trata apenas de uma possível flexibilização das sanções, o foco está na parceria entre Irã e China. As relações entre os dois países alcançaram recentemente o patamar de parceria estratégica e a China busca investir na economia iraniana.
O spread entre os contratos futuros de petróleo bruto de curto e longo prazo está se estreitando, indicando uma possível fraqueza do mercado no futuro. A sugestão popular em fevereiro de que o petróleo Brent subiria para US $ 100 o barril agora parece improvável. Se os preços das commodities não subirem, a inflação industrial não terá um crescimento significativo e não se transformará em inflação ao consumidor. É por isso que o Fed não tem motivos para considerar o aperto da política monetária. O índice do dólar dos EUA despencou 1.7% em apenas duas semanas. O spread entre os contratos futuros de petróleo bruto de curto e longo prazo está se estreitando, indicando uma possível fraqueza do mercado no futuro. A sugestão popular em fevereiro de que o petróleo Brent subiria para US $100 o barril agora parece improvável. Se os preços das commodities não subirem, a inflação industrial não terá um crescimento significativo e não se transformará em inflação ao consumidor. É por isso que o Fed não tem motivos para considerar o aperto da política monetária.
O calendário macroeconômico de hoje inclui um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Essa notícia pode afetar a dinâmica do dólar americano. Se Powell se concentrar na continuação da política monetária frouxa do Fed novamente, a liquidação do dólar provavelmente se intensificará.
Neste caso, os compradores do EUR/USD deverão assumir a liderança, arrastando o par acima de 1,20. Na quarta-feira, o euro continua sua dinâmica de recuperação. A maior demanda pela moeda comum europeia pode ser atribuída principalmente ao dólar fraco. Ontem, os comerciantes mal reagiram aos dados pessimistas sobre a confiança dos empresários na Alemanha. Ao mesmo tempo, o Indicador ZEW de Sentimento Econômico caiu de 76,6 para 70,7 em abril.
No entanto, o euro poderia ter subido mais se não fosse o anúncio da J&J de atrasos nas entregas da vacina da COVID-19 à União Europeia. No entanto, os Estados Unidos não são excessivamente dependentes dessa vacina. Levará mais tempo para a Europa vacinar 70% de sua população, enquanto a perda de uma segunda temporada de verão pode ser devastadora para sua economia. Até agora, o euro quase não reagiu a esta notícia, já que os atrasos nas entregas podem ser temporários e não prolongados.
O sentimento do mercado moderadamente favorável deve apoiar o par EUR / USD. No entanto, a questão da vacinação em massa é de importância prioritária, então tudo é possível. A dinâmica adicional do euro também dependerá da resposta do BCE ao dólar americano mais fraco.
Anteriormente, o regulador europeu deixou claro que não quer ver o par EUR/USD acima de 1.2100. Na quarta-feira, os investidores se concentrarão no discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde. Uma vez que o calendário macroeconômico de hoje está cheio de muitos representantes do regulador europeu e do Federal Reserve falando hoje, as flutuações intradiaria no par EUR / USD devem se intensificar.
O euro está sendo negociado em uma tendência de alta.
O preço pode enfrentar resistência em 1.1990, 1.2025 e 1.2110. Os níveis de suporte estão localizados em 1.1950, 1.1925 e 1.1860. O indicador de volatilidade da moeda única sugere que o sentimento dos investidores é positivo. De acordo com a Bloomberg, o euro pode avançar até 1,2100, mas para atingir novos máximos do ciclo atual é necessária uma forte dinâmica.
Os traders precisam de notícias positivas sobre vacinação. Nesse caso, as perspectivas para o euro se tornarão mais otimistas.
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